Crítica ao croqui ( EAD) da aluna Joyce Costa

        Os croquis da aluna Joyce Costa possuem traços firmes, possibilitando ver claramente o caminho que as linhas seguem, conseguindo de maneira prática representar o local. O primeiro croqui, possui um enquadramento centralizado, que destaca as linhas que vão em sentidos opostos. A aluna opta por deixar um espaço de respiro ao fundo do desenho, o que trás uma certa leveza ao desenho. Já o segundo e terceiro desenho, croqui interno com dois pontos de fuga e croqui externo com um ponto de fuga, ocupam a folha toda e possuem uma perspectiva mais chapada, essa combinação acaba incomodando o olhar.

      Outro aspecto à ser destacado é o papel usado para os desenhos(pautado), que possui uma característica de direcionamento do olhar , desvalorizando as linhas do desenho. Os desenhos possuem certa noção de perspectiva e apesar das distorções, os problemas de proporção e a falta de detalhamento é possível reconhecer o ambiente desenhado.

Ao desenhos podem ser encontrados no seguinte link

https://joycesantosc.blogspot.com.br/2017/09/croquis-ead.html?showComment=1512931646133#c6426814769080851944

Croquis de observação da EAD

0 e 1

"Você é mais que uma nota", uma frase que precisa, surpreendentemente, ser usada, para inibir o sentimento de derrota aos supostos "fracassados" da vez. Isto porque a sociedade utiliza, desde o primário, o nivelamento das pessoas, a partir de notas em aspectos que julgam relevantes.Nesse contexto a reflexão 0 e 1, seriam os extremos (o melhor e o pior ).Tal sistema resulta uma competição social, em que as pessoas sentem necessidade de se impor. Seu sucesso ou fracasso irá depender de como a sociedade o ve qualificado para determinado fim, neste aspecto a arquitetura elitista, para os mais afortunados moradias de luxo em prédios imponentes se destaca a arquitetura. Por outro lado as periferias precisam estar desabando ou alagadas para que se note a ausência de um projeto. No vídeo de Laurie Anderson (Home of the Braves), apresentado na aula mostra a combinação de 0 e 1 pode criar coisas fantásticas como a tecnologia.

Diferenças entre moda e arquitetura

    A concepção inicial tanto da moda, quanto da arquitetura é em prol de produção de proteção aos intemperes da natureza (chuvas, ventos e sol), ambas buscam trazer conforto a seu usuário. Outra vertente dividida por elas é a forma de manter um estilo pessoal do artista, seja ele o arquiteto ou o estilista.Apesar de suas inúmeras semelhanças, são suas diferenças que chamam atenção.
     Se por um lado a moda é usada muitas individualmente, até mesmo como forma de afirmação pessoal uma vez que as roupas, muitas vezes, define a personalidade de cada pessoa.  Hoje raramente se encontram lojas com peças únicas.Desde a primeira revolução industrial, a produção têxtil, passou a ser feita em larga escala e é por meio da combinação entre as peças que cada pessoa pode, diariamente, se definir. No entanto, tal fato auxilia num processo de segregação social, por exemplo o terno e gravata hoje, utilizados geralmente, por homens bem sucedidos(empresários), um dia representou se determinado homem, seria ou nao capaz de prover sua família( a qualidade dos tecidos, os estilos da estampa e do que aquilo representa) define e separa as pessoas.A arquitetura por outro lado possui uma vertente mais coletiva e capaz ajudar a unir as pessoas por meio de praças por exemplo.
     Vale ainda destacar que, a moda tende a mudar constantemente. As chamadas tendências costumam se alterar com as estações(novos tecidos, novos modelos, novas cores), causadas muitas vezes pela necessidade de diferentes proteções ou até mesmo  pela exigência constante do mercado capitalista para sustentar a economia.  A arquitetura por outro lado produz obras que se perpetuam no tempo e podem nos remeter a épocas,  ao fazer uma visita a cidade de Ouro Preto, por exemplo, é como se pudéssemos sentir a história que os prédios contam.
     Apesar da moda poder esconder nosso corpo que a arquitetura pode trazer uma sensação de segurança, uma vez que é capaz de limitar a quantidade de informações e situações a que estamos expostos. Mesmo tal  eficácia estar se perdendo devido ao advento da tecnologia,  o concreto ainda nos da  um certo controle sobre isso.

Comentário sobre "Animação cultural" de Vilém Flusser

      Diante do texto "Animação cultural" de Vilém Flusser, uma das afirmaçoes que mais me chamou atenção foi a ideia de que damos tanto espaço ao mundo inanimado que estarmos a sua mercê. Para mim, diante de nossa sociedade de consumo essa afirmação fica clara, de acordo com nossa demasiada necessidade de acompanhar os avanços tecnológicos, tornamo-nos assim, reféns de nossas próprias criações.
     Outro assunto abordado no texto de bastante relevância ao meu ver é a revolução dos objetos em busca da superioridade sobre a humanidade,por meio da desvalorização da cultura, assunto citado por nossa colega Giovanna, que destacou a tentativa da indústria cultural em transformar a cultura em algo lúdico, podendo ser produzida por objetos. Como é o caso da ideia apresentada em nossa aula magna, a respeito de inteligência artificial, em que um computador se apropria de ideias de um músico, e a partir daí "cria"  uma música que segundo a explicação seria algo que o próprio artista criaria.
     Ainda sob essa linha, chama a atenção a percepção do Carlos quando afirma, "as "máquinas" dos homens trouxeram uma grande capacidade de comunicação, porém, veio anexo a incapacidade - ou preguiça - de se ter senso crítico e pensamentos individuais, valorizando-se, em demasia, ideais coletivos "aceitos" por grande parte das pessoas", algo que pode ser explicado pelo fato de que mesmo estando, expostos a qualquer postagem, dificilmente, mantemos amizades com pessoas de pensamentos controversos aos nossos, fazendo da rede social uma bolha de uma única ideia, o que impossibilita que as pessoas se abram a novas reflexões.